segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Freguesia da Ajuda - Lisboa

A NOSSA TERRA NATAL
Alfacinhas Sim, com muito gosto!

"A nossa Freguesia da Ajuda" Antiga freguesia de N. Senhora de Belém.
Concelho de Lisboa, Distrito de Lisboa.

Moinhos de vento da Ajuda.
Terra inicialmente agrícola dos arrabaldes da antiga Lisboa.
Uma mão cheia de gente Boa e Humilde.

O Paço Real da Ajuda Que até 1910 foi residência real e sede da corte. Mas de alma e coração de todos os Ajudenses, com a nossa querida torre sineira da antiga capela Real do palácio a" Torre do galo"

A " Torre do Galo"
Fazia parte da igreja que serviu de Capela Real e paroquial da Ajuda de 1792 a 1834,
destruída por um incêndio no Séc. XX.

"A Nossa Calçada da Ajuda"
Artéria aberta após o terramoto de 1755.



"A casa que me acolheu com carinho materno quando vim à luz da vida, no dia 26 de Janeiro de 1965, aqui nasci e cresci."

Foi no 1º and. do nº 27, da Rua das Merçês.A antiga Rua dos Cozinheiros.
Quantas saudades do meu velho sótão, onde se encontram guardadas as minhas melhores recordações. Esta casa é a casa dos Espíritos da nossa família, albergou 5 gerações da minha família, foi a casa onde nascemos, e foram muitos, e outros tantos pereceram, até aos dias de hoje, todos da mesma família "Espada", isto desde de que o meu bisavou materno Joaquim António Espada celebrou o contrato de arrendamento no dia 20 de Março de 1914 com a Sra. Ana da Conceição Rocha, então proprietária desta bonita casa Pombalina na Ajuda, um 1º andar com duas assoalhadas, uma ampla cozinha e um sótão que dava um belo quarto com vista sobre o Tejo, na rua das Mercês n.º 71 na Ajuda, o actual n.º 27, pagava então de renda mensal, “3$200 réis”

Pequenas Histórias da minha Rua.
A Travessa da Memória é a antiga Travessa do Buraco que não ia além da Rua da Paz. O «saco» que a Rua das Mercês e a Rua da Paz (1) formam, para a direita de quem a toma, cuido que é sucedâneo do sítio a que noutros tempos chamavam Cova da Onça. Ao fundo da travessa corria um muro (ainda hoje perceptível) restos de antigo aqueduto, no qual havia grande buraco por onde se fazia passagem para as terras por cujo través se ia, por encurtar caminho, para Alcolena.De tal buraco proveio o nome do arruamento.Este sítio era temido porque servia de velhacouto a verdadeiros facínoras, que dele faziam campo de suas proezas depois do escurecer.Ninguém se atrevia a cruzá-lo fora de horas, porque andavam na memória de todos os nomes dos que havendo-se aventurado, tinham sido cosidos a facadas por simples malvadez, ou para lhes surripiarem o que leva­vam nos bolsos. (1) Estas designações não tiveram origem popular como todas as mais da redondeza. São de origem pombalina. E claro que entre elas e a Paz ou as Mercês não há, nem nunca houve a mais remota ligação.

In “A Calçada da Ajuda” Por: Mário de Sampayo Ribeiro1940



Escola Primária nº19 Alexandre Herculano
onde fiz a minha instrução primária com o professor Ramalho.
Sede da antiga Junta de freguesia da N.S. de Belém.


Antiga Escola Primária da "Soc. Voz do Operário" na Calçada da Ajuda,
sob a direcção de Ilda Filomena e sua irmã Maria Luísa.


"A nossa Igreja Paroquial"
Igreja paroquial de Nossa Srª da Ajuda, no largo da Boa-Hora, desta freguesia.
Onde recebemos o sacramento do Baptismo, da 1ª comunhão e mais tarde nos casamos.

Era o antigo Convento da Boa Hora dos eremitas descalços de Santo Agostinho foi de fundação posterior ao Grande Terramoto de 1755. Nele está instalado, desde 1892, o Hospital Militar de Belém, quando o edifício foi readaptado. A Igreja anexa sucedeu, como paroquial da Ajuda, à Capela Real, de que só resta a Torre Sineira "a Torre do Galo". No interior destaca-se a nave única coberta por tecto com pintura "grisaille" em "trompe l'oeil", com provável autoria de José Maria Pereira Júnior. Também são de interesse os painéis de azulejos historiados, em redor da nave e capela-mor e o orgão de tubos.

Antigo cinema Salão Portugal na Travessa da Memória.

Este era o nosso Cinema, o O Salão Portugal que abriu em 1928, era um "Cinema Piolho" no Bairro da Ajuda, sempre com dois filmes em exibição ou sessões contínuas, à semelhança do Olympia, e destinava-se a um público jovem, principalmente trabalhadores adolescentes. Foi neste cinema que eu assisti ao primeiro filme que vi projectado na tela.


Hoje transformado na sede do nosso Comité Olímpico Português, desde 1998.

Onde se encontra o túmulo de Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido como Marquês de Pombal ou Conde de Oeiras.



"O nosso Pentágono"
Vista aérea do Quartel de adidos, Infantaria 1, na Calçada da Ajuda.


O Nosso antigo Teatro "Luís de Camões 1850 - 1974",
mais tarde o "Belém Clube" na Calçada da Ajuda - foto de 1937.
Uma das primeiras sedes do Clube de Futebol os Belenenses
Casa onde nasceu em 17 de Fevereiro de 1869, o Vice -Almirante Carlos Viegas Gago Coutinho
Notável Aviador, Navegador e Geógrafo,
que fez a primeira navegação da travessia aéria do Atlântico sul no ano de 1922


Calçada da Ajuda 1939, Junto à entrada do Pátio das Damas.


Interior do Pátio das Damas
Museu nacional dos Coches/Palácio Presidencial de Belém.
Inicio a sul da Calçada da Ajuda, cruzamento com a Rua da Junqueira.

O nosso velhinho Eléctrico o "Nº.18". Com o trajecto:
Cemitério da Ajuda - Praça do Comércio

Photographia de 1945, acidente com Eléctricos da Ajuda, quase sempre davam-se na descida da Calçada da Ajuda ao virar para a Rua da Bica do Marquês, quando os Guarda-Freios se esqueciam de por areia nas caixas de freio, dentro das caixas dos bancos laterais.


Por fim, Cemitério da Ajuda, que entre 1766 e 1787, Pina Manique, a mando da rainha D. Maria I, ergueu na Ajuda um cemitério que serviria os criados da Casa Real e os pobres das freguesias da Ajuda e Belém. Em 1835 passa a ser propriedade pública através do decreto-lei de Rodrigo da Fonseca Magalhães, que obrigava a existência de cemitérios públicos. É onde repousam os restos mortais dos nossos entes em Eterna Glória e Paz.
Num antigo folheto de versos de cordel , um autor desconhecido conta a debanda de um jovem e humilde casal  lisboeta pelos bairros e ruas castiças da nossa Lisboa. "Mariquinhas e José"


Mariquinhas e José
Ambos da Rua da Fé
Casaram-se certo dia

E foram então morar
Num lindo primeiro andar


Quando o amor era mais cego
Ele ficou sem emprego
Surgiram fatalidades


E da Alegria que abrasa
Foram para parte de casa
Ali para as Necessidades

Desprezados pela família
Venderam roupas, mobília
Esta e aquela lembrança


 
Foram da Esperança para a Ajuda
Mas quando a sorte não muda
Nem a ajuda nos dá esperança
  
Saíram da Boa-Hora
E ela de tão linda que fora
Nem sequer dava uma ideia


 
Era um parzinho sombrio
Lá num quarto feio e frio
Á esquina da Triste feia


Azares, vicissitudes
Fecham a porta às virtudes
E ele um antigo operário


Foi morar numa prisão
Por ser preso por ladrão


Ela hoje não tem ninguém
Anda por aí ao desdém
Da vida e da crueldade


E á noite dorme coitada
Por favor num vão de escada









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