construídos pelo Sr. Grácio, pai do contemporâneo violeiro de Lisboa Sr. Gilberto Marques Grácio, pela sua qualidade acústica proveniente da liga metálica que forma a caixa acústica.
Quem ainda possui um Banjolim sabe que, pode sentir entre as suas mãos um pequeno fragmento da história e da cultura das nossas gentes. Por outro lado, os instrumentos antigos tem um duplo atractivo: Em primeiro, e para mim o mais importante, a perfeição técnica aplicada na sua construção. E em segundo lugar, alguns instrumentos, pelo seu especial nível de sonoridade e os materiais empregues na sua construção, podem considerar-se autênticas obras de arte.
O meu primeiro instrumento.
Foi então com o Sr. Manuel Tacão Monteiro que tive noções de Cavaquinho e Viola, mas o meu instrumento musical de base foi sempre o meu Banjolim.
Sempre que o toco recordo com saudade o meu pai, faz-me sentir mais perto da sua alma, por vezes é como sentisse mesmo a sua presença, como se por ventura deste modo comunica-se com ele, faz-me sentir bem.
Agora passo o legado ao meu Filho Sérgio Figueiredo.
"Os Toca Tu que eu já não posso"
Já tenho a mão esquerda dormente!
http://www.jose-lucio.com/Pagina3/SonsCordofones/O%20Timbre.htm
http://www.jose-lucio.com/Pagina3/SonsCordofones/OS%20SONS/Banjolim.htm
Desta forma espero prestar aqui uma singela homenagem a este instrumento e a estes homens que muito me enssinaram.
Os "Sempre Fixe Jazz"
da Colectividade Sporting Club do Rio Seco
sediada na Rua Silva Porto na Ajuda, Lisboa.
Tuna composta por: Bajolins, Bandolim, Violinos, Guitarra, Violas e Bateria
Foto tirada nos anos 20 do século passado,
grupo encimado por um dos presidentes de então, o entusiasta do teatro infantil
António da Piedade Simplício Júnior.
O Banjolim.
A família dos banjos em Portugal é vasta e muito ligada ao ambiente festivo. As trupes eram grupos de banjos que actuavam em bailaricos, onde os seus executantes tocavam em diversos tipos de banjos. Os mais populares eram o banjolim, que podia ter uma caixa acústica toda em metal passando a ter o nome de banjolim-trompete ou Bilim e a banjola, que quase todos os executantes chamam de “bandola”, que não pertence à família dos banjos mas sim dos bandolins. O banjo tem a sua origem num instrumento africano conhecido por bânia, que os escravos terão levado para a América. Terão sido colonos americanos que o introduziram na Europa e devido à sua sonoridade gritante foi bem aceite pelos músicos solistas. Os braços perderam as características americanas de cordas singelas (4, 5 ou 6 cordas) e passaram a ter cordas duplas em número de oito, distribuídas por quatro ordens. Adoptaram os braços da família dos bandolins. O banjolim afina como o bandolim, do agudo para o grave: Mi, Lá, Ré, Sol. O banjolim tem uma caixa acústica circular, onde o tampo de madeira é substituído por uma pele retesada por um aro metálico, com esticadores, onde o cavalete se apoia. O banjolim era o instrumento preferido do barbeiro alentejano.
In “Cordofones Portugueses”
Por: José Lúcio
Banjolim Tenor, Banjolim Trompete e Bandolim.
Afinação, Encordoamento e Plectros:
A afinação do Banjolim e do Bandolim é a mesma e do Violino:
- Do grave parta o agudo: Sol, Ré, Lá, Mi ou G, D, A, E
- O Lá afina-se pelo diapasão 440 Hz
Mas podes afinar o teu instrumento com um afinador electrónico ou mesmo com uma pequena aplicação como este diapasão digital gratuito para instalar no teu computador, o Universal Tuning Fork nos sons de E4, A4, D4, G4.
Acordes: Os acordes são os mesmos do Bandolim
O calibre do encordoamento:
Lá – 0,30 mm - Aço = Carrinho n.º 4/6
Sol – 0,79 mm - Bordão
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O calibre dos plectros
Quanto ao plectro ou a "palheta" que gosto mais para o banjolim a solo, são dos pequenos de Nylon ou de Tortex imitação de carapaça de tartaruga (como a Fender da imagem), entre a grossura fina de 0,51 e a média de 0,73 mm.
A maioria dos fabricantes (Jim Dunlop, Alice, Teckpick imprimem a grossura em mm no próprio plectro. Algumas marcas como (Gibson, Fender, Peavy ou Ibanez) ocasionalmente utilizam um tipo de sistema de letras ou texto designando a grossura. A seguir apresenta-se um quadro geral da grossura dos plectros.
Descrição do texto | Grossura aproximada | Outras denominações |
---|---|---|
Extra liviana / extra fina | 0.38 mm / 0.014" e menos | |
Liviana / fina | 0.51-0.60 mm / 0.020"-0.023" | "T" ou "Thin" (de"fino") |
Média | 0.73-0.81 mm / 0.028"-0.031" | "M" ou "Medium" |
Heavy / grossa | 0.88-1.20 mm / 0.034"-0.047" | "H" ou "Thick" |
Extra heavy / extra grosssa | 1.50 mm / 0.060" e mais |
Para aquisição de um Banjolim - Trompete/Requinta ou Tenor, para dizer a verdade já são uma raridade, e os que aparecem no mercado são de qualidade duvidosa, no entanto os mais fáceis de encontrar são os deste construtor de instrumentos musicais tradicionais António Pinto de Carvalho, a empresa APC Instrumentos Musicais, Lda.
Acordes para Bandolim e Banjolim:
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